Há alguns anos, incluímos no treinamento funcional o conceito de treinamento da fáscia.
Dentro da comunidade fitness de hoje, a presença da liberação fascial nas atividades físicas não é mais uma surpresa nem tampouco um modismo.
O treinamento funcional veio como um meio de reintroduzir no cotidiano das práticas de movimento a importância de usar o próprio corpo como meio de interferência no ambiente.
Assim, os equipamentos e os materiais de apoio são deslocados pelo espaço tendo como recurso as propriedades mais particulares da anatomia humana.
Foi no campo da reabilitação física que o treinamento funcional ganhou espaço e tornou-se um dos meios para os quais diversos profissionais de movimento se deslocaram, afora os educadores físicos, também os fisioterapeutas, e outros na busca de melhorar a recuperação do paciente, após lesões ou até mesmo incapacidade, mas também propiciar um aumento da potencialidade organísmica a cada indivíduo. Esta atividade física poderosa significa
reproduzir sistematicamente movimentos que possuem alguma função para tarefas a serem executadas diariamente, reforçando nossas habilidades, eficiência, autonomia e independência.
Por isso, o treinamento funcional consiste em puxar, empurrar, estabilizar, levantar, agachar, arremessar, correr ou saltar para fazer do corpo uma ferramenta que produza movimentos reais, aplicados no dia a dia. O que determina a dinâmica do treino são os objetivos, necessidades e o potencial de movimento de cada atleta ou aluno.
Assim como todas as práticas, ao longo dos anos o treinamento funcional vem recebendo novos insights à medida em que novas pesquisas vão sendo publicadas. Uma das preocupações mais recentes entre os estudiosos é a melhora a qualidade do movimento durante a prática, o que já é possível com a realização do treinamento orientado à fáscia.
Entre os exercícios que podem ser utilizados, focando no tecido conjuntivo, estão:
- Melting Stretch com sustentação de posição para atingir estruturas fasciais profundas;
- Pequenas tarefas com balanceios rítmicos e oscilatórios, focando melhorar a resposta
integrativa do corpo; - Rebotes elásticos, cujo alvo são estruturas mais firmes;
- Exercícios de propriocepção para o refinamento sensorial;
- Liberação fascial com o foam roller;
- Alongamento dinâmicos.
O que observamos é que os profissionais que incorporam o elemento fascial em seus programas de treinamento percebem uma significativa elevação da qualidade de movimento em seus alunos / pacientes. Consequentemente, o treino propicia a eles uma importante redução do risco de lesões, atuando de forma preventiva.
Isso não diz respeito somente aos aletas de alta performance ou aos jovens no ápice da forma física. Mas também à população que vai desde o indivíduo não atleta, trabalhador comum, sedentários, terceira idade e muito mais.
Este e outros temas relevantes para a comunidade fitness serão discutidos durante o Fascia Experience, que ocorrerá de 13 a 15 de setembro. Fique por dentro das discussões! E não deixe para fazer sua inscrição na última hora, clique aqui e faça agora! 😉